Você já ouviu falar em desospitalização?

Essa palavra pode gerar alívio para alguns pacientes e familiares, mas pode gerar um certo medo ou desconforto para outros. Afinal, a família está preparada para tratar o parente em casa?

A desospitalização pode ser definida como um conjunto de assistência domiciliar realizada por profissionais de saúde capacitados que estabelecem metas de recuperação. Há uma tendência do paciente a ter menos resistência às orientações e tratamentos necessários para a cura ou melhora clínica no ambiente domiciliar.

Quando falamos em desospitalização, dois conceitos que aparentemente são distintos, andam juntos de uma forma muito positiva, que são: diminuição de custos com saúde e humanização.

Ao contrário do que se pensa, diminuir os custos com saúde, não necessariamente quer dizer diminuição de cuidados com o doente, mas muitas vezes com aumento de cuidados humanizados, podendo a desospitalização, dessa forma, alinhar essas expectativas.

Sabe-se que os gastos com saúde em ambiente hospitalar são altos, portanto, tratar pacientes estáveis, doentes crônicos, de recuperação lenta ou em cuidados paliativos em casa, vem sendo a nova tendência mundial de cuidados.

 

Mas por que desospitalizar?

Além da desospitalização já ser uma ação bem definida em outros países como Holanda, Estados Unidos e Canadá, observamos aqui no Brasil, um aumento na expectativa de vida e consequentemente um aumento progressivo no número de idosos, o que por si só já deve ser levado em consideração. Hoje mais de 13% da população é idosa e a previsão é de que em 2050 exista um idoso para cada 3 brasileiros. Vale lembrar, que o custo assistencial com a população da terceira idade é bem maior do que com pessoas mais novas.

Há também um maior número de doenças crônicas, que necessitam de longo acompanhamento, como DPOC, Fibrose Pulmonar, Câncer, Hipertensão, Diabetes, Hepatites, entre outras, quando comparado a doenças agudas que requerem intervenções rápidas. A presença dessas doenças é bastante expressiva no idoso, levando a um tempo de internação maior, com uma recuperação mais lenta e elevado número de reinternações e invalidez, o que por si só já aumentam os custos no tratamento.

E essa “economia” no âmbito hospitalar trouxe consigo um grande benefício quando se trata de cuidados humanizados, pois houve a necessidade de desenvolver novos métodos que atendam as necessidades da população com olhar voltado para a qualidade de vida e fortalecendo o emocional do ser cuidado, já que estará mais próximo da família e amigos.

Já existem pesquisas mostrando o impacto negativo que as hospitalizações têm sobre a qualidade de vida dos idosos e a desospitalização vem mudando essa realidade.

É inquestionável o papel importante que o hospital possui na fase aguda de qualquer doença, através de cuidados emergenciais com profissionais, estruturas e tecnologias incompatíveis com o ambiente domiciliar. A desospitalização tem, portanto, como principal objetivo promover uma alta hospitalar a estes doentes para uma recuperação mais humanizada e bem-sucedida em seu domicílio, buscando também racionalizar a utilização de leitos hospitalares. Isso não significa dar alta precocemente ou transferir a responsabilidade do hospital aos familiares, mas humanizar o processo de cura e recuperação da saúde.

A desospitalização, quando feita da maneira correta, traz grandes benefícios ao paciente, seja por estar em casa, envolvido pela família, o que por si só estimula a continuidade para um bom aproveitamento no tratamento, bem como por estar fora de um ambiente com alto risco de contaminação por agentes oportunistas (infecções hospitalares).

Hoje, é possível um cuidado em casa com profissionais capacitados e especializados em saúde e em apoio à família. O atendimento se torna mais humanizado quando os profissionais de saúde se dedicam com exclusividade ao paciente, contribuindo para a compreensão das necessidades do mesmo e podendo supri-las com mais atenção.

Se para o hospital é uma maneira de diminuir custos e disponibilizar mais leitos aos realmente necessitados e para os doentes é uma forma de estar junto com a família e amigos, já para os profissionais de saúde a desospitalização se mostra uma oportunidade de aprender outras formas de trabalho e aprendizado.

Apesar do número de pacientes e familiares interessados no serviço terem aumentado, a desospitalização não é indicada para todos. A especificidade de cada caso precisa ser levada em consideração, assim como a garantia de segurança e qualidade de vida no ambiente domiciliar.

Algumas instituições já possuem uma equipe especializada nesta avaliação garantindo o sucesso no processo. Há casos em que a assistência necessite o acompanhamento de um serviço de Home Care ou até mesmo encaminhar o paciente para uma casa de apoio ou ambulatório especializado como Hospitais-Dia ou Hospices.

Não é incomum a necessidade de dispositivos médicos adicionais como cama hospitalares, bomba de infusão, dispositivos respiratórios como Concentradores de oxigênio portáteis e estacionários, cilindros de oxigênio, CPAP, terapias Biníveis (BIPAP™/VPAP™), assistentes de tosse (Cough Assist™) e até mesmo terapias de alto fluxo domiciliar (myAIRVO™2) e ventilação mecânica (Trilogy™, Astral™).

É essencial ter bons profissionais prestando a assistência domiciliar e encontrar uma empresa de confiança que forneça todo equipamento necessário com agilidade, segurança e bom atendimento e orientação à toda equipe.

A Physical Care tem uma equipe especializada em dispositivos para distúrbios respiratórios e disponibiliza tanto a locação como a venda dos equipamentos, além de fornecer as orientações específicas de manuseio para a família e a equipe de assistência ao doente.

Estamos presentes da alta hospitalar a todos os cuidados respiratórios domiciliares de forma personalizada. Conte conosco.

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