De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a apneia do sono se torna mais grave durante os meses de inverno. Os resultados deste estudo brasileiro foram divulgados neste mês de julho no periódico Chest.
Para formular as conclusões, os pesquisadores da UFRGS acompanharam 7.500 pacientes de uma clínica de sono durante dez anos. Ao longo deste período, observou-se que nas temporadas de frio os casos de apneia do sono aumentavam, sendo que 34% das pessoas procuravam a clínica devido ao problema. Por outro lado, a taxa caiu para 28% nos meses de calor.
Os autores do trabalho também realizaram outras análises levando em conta os dados coletados. Eles observaram as dificuldades de respiração dos pacientes durante o sono. Em média, aconteciam 18 paradas respiratórias em uma hora, sendo uma incidência 20% maior do que nos dias de alta temperatura.
Segundo o estudo brasileiro, a apneia do sono se agrava nos dias frios por causa dos problemas nas vias aéreas, que são mais frequentes durante o inverno. Os sintomas do distúrbio também podem ser intensificados por causa das condições meteorológicas, como os níveis de poluição do ar e a pressão atmosférica.
Apneia: sintomas e tratamento
A apneia do sono é considerada um distúrbio respiratório bastante comum, que causa um bloqueio na respiração e deixa a pessoa sem ar durante alguns segundos.
Quem sofre de apneia do sono produz o ronco, um ruído que resulta do estreitamento ou da obstrução das vias aéreas. O distúrbio, quando severo, pode causar interrupções durante o sono, fazendo com que a pessoa acorde cansada e indisposta. Desta forma, a apneia também desencadeia dores de cabeça, nervosismo e estresse.
O tratamento para a apneia do sono tem como principal objetivo manter as vias respiratórias abertas, por isso o médico faz algumas recomendações ao paciente, como não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e perder peso. Para tratar o distúrbio, também é recomendado o uso de CPAP, um tipo de máscara que contribui com a respiração. Em outros casos, o tratamento pode exigir cirurgia.
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