A aplicação de oxigênio (O2) domiciliar é comumente indicada para portadores de doenças respiratórias crônicas, porém outros distúrbios respiratórios podem ter indicação também.
Vale ressaltar que o médico é o profissional responsável pela indicação e prescrição de oxigenoterapia domiciliar, mas a aplicação e controle envolve uma equipe multidisciplinar bem robusta.
A oxigenoterapia domiciliar já é utilizada a bastante tempo e atualmente, na maioria dos casos, os grandes cilindros de oxigênio deram espaço aos concentradores de oxigênio estacionários. Estes equipamentos facilitam o dia a dia não só por terem um impacto visual mais agradável, mas por possuírem um custo muito menor sem prejudicar as taxas de oxigenação do paciente.
Algumas pessoas necessitam suplementação de oxigênio apenas durante esforços, outras somente durante o sono e outras necessitam durante todo o dia e noite (24hs).
Com os concentradores estacionários é possível manter a suplementação de oxigênio 24hs por dia, 7 dias por semana, necessitando apenas de uma tomada elétrica.
Existem hoje no mercado equipamentos com capacidade de ofertar até 10l/min de oxigênio, podendo chegar a uma concentração de oxigênio (FiO2) em cerca de 94-97%.
Os concentradores captam o oxigênio do ar ambiente, filtram e concentram no seu interior para serem administrados ao usuário por meio de cânulas nasais ou máscaras.
Entretanto, a pergunta que não quer calar quando há indicação de oxigenoterapia domiciliar é: E agora? Será o fim da minha liberdade? Ficarei confinado em casa, preso a um equipamento?
A resposta para essa pergunta é: NÃO NECESSARIAMENTE!
Você conhece a oxigenoterapia portátil?
É possível ter uma melhor qualidade de vida mesmo quando se usa oxigênio suplementar 24hs por dia.
É comum, por exemplo, que o usuário de oxigenoterapia domiciliar mantenha consultas médicas regulares para acompanhamento. Para que isso seja possível, algum método de oxigenoterapia suplementar portátil se tornou essencial.
Até a algum tempo atrás o cilindro de O2 de 1m³ (cilindro pequeno apoiado a um suporte com rodinhas) era a alternativa nestas ocasiões, mas o tempo de duração do ar armazenado no cilindro era, por muitas vezes, insuficiente para todo o trajeto, ainda mais se houvesse trânsito carregado ou uma espera longa no médico.
Este tipo de ocorrência acabava por diminuir drasticamente a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que os mantinham “presos” em casa por longos períodos e uma logística altamente elaborada e estressante fosse necessária para planejar essas saídas.
Felizmente com a evolução tecnológica da medicina associado a necessidade de mudanças, atualmente podemos contar com os concentradores portáteis de oxigênio. Eles são menores, mais leves e visivelmente ainda mais atraentes em comparação com os concentradores estacionários e os cilindros.
Não possuem a mesma potência de concentração e administração de oxigênio quando comparados aos cilindros e por isso existem algumas restrições na sua utilização, mas traz com ele vantagens incomparáveis.
Estes equipamentos, assim como os concentradores estacionários, também captam o oxigênio do ar ambiente, filtram e concentram no seu interior, sendo administrados ao usuário através de cânulas nasais.
Funcionam por bateria de lítio, recarregáveis na tomada (Bivolt em sua maioria) e o tempo de duração vai de 54 minutos a até 9hs, dependendo do modelo do equipamento, da quantidade de concentração de oxigênio utilizado e da frequência respiratória do paciente. Quando a bateria está baixa, uma tomada em qualquer lugar resolve o problema, inclusive no adaptador do carro.
No Brasil, apenas um dos aparelhos disponíveis no mercado possui a modalidade de fluxo contínuo (de 0,5 a até 2l/min). Os outros equipamentos entregam o gás por pulso (1 a até 6 pulsos). Nessa modalidade o fluxo de oxigênio é liberado conforme a demanda do paciente, ou seja, toda vez que o paciente inspira, o gás é liberado (mais ou menos oxigênio conforme a dosagem). Parece confuso, mas essa modalidade possui algumas vantagens, como aumentar a duração da bateria e ressecar menos as narinas, uma vez que o ar somente é enviado nas inspirações e não o tempo todo.
É importante saber que a dosagem depende de cada indivíduo e não há uma relação fidedigna entre pulso e litros por minuto (l/min), ou seja, 1 pulso NÃO É 1l/min e por isso um teste de uso deste equipamento é de extrema importância.
Os fisioterapeutas respiratórios são os profissionais capacitados a realizar este tipo de teste, onde poderá ser definido a quantidade ideal e a modalidade ideal para suprir as necessidades de cada indivíduo.
A maior vantagem é que o uso deste equipamento não é restrito exclusivamente a uma visita ao médico. Já imaginou poder jantar fora?
Imagine um jantar, no seu restaurante favorito, em um dia de semana e no horário de pico. Você entra no carro, conecta seu concentrador portátil no adaptador para não perder bateria no caminho e pode pegar o trânsito que precisar. No restaurante, só pedir uma mesa próxima de uma tomada, que lhe garantirá um jantar longo e prazeroso ao lado de amigos.
Precisa ir ao mercado, shopping, ou até fazer uma caminhada? Por que não? Aproveite o que a tecnologia pode oferecer. Quer viajar… de avião? Existe uma lista de equipamentos autorizados pela FAA (Federal Aviation Administration) para uso em aeronaves.
Ninguém disse que seria fácil usar oxigênio suplementar, mas dá para tornar a vida mais leve e prazerosa sim, com mais liberdade e melhoria nas atividades diárias. Procure alternativas, converse com seu médico, seu fisioterapeuta e aproveite a vida.
A Physical Care tem quase 15 anos de experiência em suplementação de oxigênio domiciliar e profissionais altamente competentes para associar o melhor equipamento a cada situação.