Distúrbios do sono

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Noites mal dormidas podem trazer inúmeros malefícios para a saúde.

Cansaço no dia seguinte, fadiga, irritabilidade, alterações no humor e na memória são alguns sintomas que podem sinalizar a presença de algum distúrbio do sono e precisa ser investigado.

 

Distúrbios do sono são alterações na capacidade de dormir adequadamente, seja em qualidade ou quantidade de sono e podem se apresentar de diversas formas.

 

Veja abaixo os distúrbios do sono mais comuns.

A insônia é o distúrbio do sono mais comum. Os indivíduos insones possuem dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, podem ter despertares durante a noite ou despertarem muito cedo.

Sintomas: cansaço, fadiga, irritabilidade, alteração de apetite, sonolência diurna, mau humor.

 

Causas: pode surgir por ansiedade ou estresse ou estar associada a outra doença como depressão, alterações hormonais ou doenças neurológicas. Pode também aparecer após o uso de substâncias que aumentam a atividade cerebral como alguns medicamentos ou mesmo a cafeína. Não ter uma rotina adequada ao dormir pode estar amplamente associado ao aparecimento de insônia.

 

Tratamento: um médico especialista em sono deve ser consultado e as causas investigadas, para a partir daí determinar um tratamento seja ele medicamentoso, comportamental ou ambos.

A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é caracterizada pela obstrução da via aérea durante o sono, levando a uma parada na respiração com duração mínima de 10 segundos.
Essa pausa na respiração é cessada por um despertar (inconsciente na maioria das vezes), muitas vezes acompanhado de um ronco alto e/ou engasgos.
Os eventos de apneia podem ocorrer diversas vezes durante o sono, tornando o sono fragmentado e levando o indivíduo a ter um sono inquieto e de má qualidade, uma vez que os estágios de sono profundo (N3) e sono REM podem não ser atingidos ou não ter um tempo adequado.

 

Possui uma prevalência maior em homens, em obesos e em mulheres após a menopausa, mas as crianças também podem ter apneia.

 

Sintomas: sonolência diurna excessiva, alterações no humor, redução de memória, noctúria (ir ao banheiro durante a noite), dificuldade de concentração, cefaleia matinal, impotência sexual.

 

Causas: obesidade, alterações anatômicas como micrognatia, aumento do tamanho das amigdalas ou qualquer outro motivo que possa estreitar as vias respiratórias e até alterações genéticas.

 

Tratamento: emagrecimento, terapias medicamentosas, terapias comportamentais como alteração nos hábitos de sono (higiene do sono) ou posição ao dormir, uso de dispositivos como os aparelhos intraorais (AIO – dispositivo feito por dentistas com o objetivo de reposicionar a mandíbula durante o sono de forma que libere a passagem do ar no fundo da garganta), CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas – dispositivo composto por um aparelho gerador de fluxo, que injeta ar nas narinas a fim de abrir a passagem do ar mecanicamente) ou até mesmo cirurgias podem ser indicadas.

 

A longo prazo a AOS aumenta o risco de doenças como o diabetes (DM), depressão, doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral (AVC), o infarto (IAM), a hipertensão (HAS) e as arritmias cardíacas.
A AOS é muito mais comum do que se pensa e o diagnóstico é feito por uma Polissonografia (PSG). Este exame é o padrão ouro no diagnóstico da AOS e tem o objetivo de avaliar minuciosamente o sono do indivíduo e associado ao histórico clínico do paciente, direcionar uma alternativa terapêutica para tratamento.

A Insônia e a Apneia do Sono podem se apresentar juntas, somando os sintomas dos dois distúrbios do sono. A essa apresentação dupla chamamos de Comisa, ou seja, a insônia comórbida com apneia obstrutiva do sono.

 

É uma associação altamente prevalente levando o tratamento a um nível desafiador, levando o médico a definir um tratamento abrangendo os dois distúrbios ou priorizar um deles, dependendo da situação.

 

Indivíduos insones possuem facilidade para despertar e, na presença de AOS em tratamento com CPAP, pode fazer com que ele permaneça muito tempo acordado com a máscara do CPAP, podendo reduzir a adesão ao tratamento.

A sonolência excessiva diurna é caracterizada pela dificuldade em se manter alerta ao longo do dia. Este sono em excesso pode dificultar o indivíduo de se manter acordado em algumas situações, podendo inclusive o expor a riscos como quando se há a necessidade de dirigir automóveis ou manusear equipamentos.

 

Sintomas: sonolência excessiva diurna, muitas vezes incontrolável.

 

Causas: sono interrompido várias vezes, dormir menos que o necessário e pode também estar relacionado a uso de algum medicamento ou doença como hipotireoidismo, anemia ou epilepsia. Pode também estar associado a outro distúrbio do sono como a apneia do sono ou a narcolepsia.

 

Tratamento: descobrir a causa da sonolência é o passo principal para uma diretriz no tratamento e para isso, uma Polissonografia pode ser indicada. Melhorar a qualidade e a quantidade do sono pode ser uma saída se o problema estiver associado ao tempo de sono.

Narcolepsia é um ataque de sono incontrolável, muitas vezes associada a cataplexia (perda súbita de tônus muscular), que leva a pessoa a dormir em qualquer hora e qualquer ambiente.
O sono pode durar de minutos a horas e pode surgir em momentos inadequados, como dirigindo veículos. Os ataques podem surgir poucas ou várias vezes ao dia. Acometem usualmente adolescentes e adultos jovens.

 

Sintomas: sonolência diurna excessiva, cataplexia, alucinações hipnagógicas (que aparecem ao passar da vigília para o sono) e hipnopômpicas (que aparecem ao passar do sono para a vigília), paralisia do sono (incapacidade de se mover ao adormecer ou ao despertar), sono perturbado (causado pelo sono fragmentado).

 

Causas: não existe ainda uma causa exata da narcolepsia, mas alguns estudos apontam como possíveis causadores da condição um desequilíbrio nas substâncias químicas do cérebro, fatores genéticos e até mesmo a baixa produção de hipocretina, uma substância produzida no hipotálamo, responsável pelo controle do sono, vigília e apetite.

 

Tratamento: um médico especialista em sono pode diagnosticar corretamente e determinar um tratamento que pode ser composto por medidas comportamentais para melhorar o sono, como dormir e levantar em horários regulares, evitar bebidas alcoólicas ou remédios com efeito sedativo, fazer cochilos diurnos programados sempre no mesmo horário, evitar fumo e cafeína, e, em alguns casos, tratamento medicamentoso.

A síndrome das pernas inquietas é caracterizada por agitação involuntária dos membros inferiores que surgem durante o sono.

 

Sintomas: sonolência diurna excessiva, uma vez que a movimentação das pernas torna o sono agitado e fragmentado, dificuldade de concentração, aprendizado e raciocínio durante o dia.

 

Causas: uma desordem neurológica de provável causa genética, e pode ser piorada devido a períodos de estresse, pelo uso de substâncias estimulantes, como cafeína ou álcool, ou em caso de doenças neurológicas e psiquiátricas.

 

Tratamento: medidas comportamentais podem ajudar, como evitar o uso de substâncias estimulantes (álcool, fumo e cafeína), praticar exercícios físicos e ter um bom tempo de sono.
O médico especialista em sono pode diagnosticar e traçar um tratamento, podendo incluir medicamentos em alguns casos.

São transtornos que podem ocorrer durante o início do sono, durante o sono ou no despertar e se caracterizam por episódios desagradáveis com experiências e comportamentos psicológicos anormais.

 

Acometem mais crianças e tendem a desaparecer com o tempo.

Causas: é causada por uma alteração no ciclo normal do sono.

 

Tipos de Parassonias:

 

– Despertar confusional – são despertares associados a confusão em tempo e espaço, podendo apresentar choro, falas lentas e até agressividade. Ocorrem geralmente no primeiro período da noite e podem ter a duração entre alguns segundos a até mais de uma hora.

 

– Terror noturno – são despertares súbitos, nos quais a criança se senta na cama apavorada, associados a gritos de pavor, sudorese e taquicardia. Costumam ocorrer cerca de 2 horas após o adormecer e pode durar de 3 a 5 minutos. Normalmente a pessoa não se recorda do ocorrido no dia seguinte.

 

– Enurese noturna – é caracterizada pela eliminação de urina de maneira involuntária no período noturno (xixi na cama) em crianças com mais de 5 anos. Ocorrem em pelo menos 2 vezes na semana, podendo ser diariamente. Pode estar associado a falta de um hormônio antidiurético responsável por controlar a urina.

 

– Pesadelos – mais frequente nas crianças, são episódios de sonhos desagradáveis, podendo estar acompanhado de despertar assustado. Quase nunca estão associados a falas ou gritos. Ocorrem na fase do sono REM, normalmente na segunda metade da noite. Podem não ter causa aparente, porém também podem ser causados por medos, estresse, ansiedades, estresse pós-traumático ou distúrbios psiquiátricos

 

– Bruxismo – é o ato de ranger os dentes constantemente durante o sono podendo causar alterações dentárias (desgastes), dores na articulação temporomandibular, cefaleia matinal. Pode estar associada a outros distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono ou com fatores psicológicos, como o estresse e a ansiedade.

 

– Paralisia do sono – é a impossibilidade temporária de se mover ou falar na transição entre sono e vigília. A experiência tende a ser assustadora e pode estar acompanhada de alucinações, pois neste caso o despertar ocorre durante a fase dos sonhos (sono REM). Pode estar associada a estresse, privação de sono ou a presença de outros distúrbios do sono como a apneia do sono ou a narcolepsia.

 

– Sonambulismo – neste distúrbio o indivíduo pode sentar, levantar da cama e até andar pela casa durante o sono, geralmente com os olhos abertos podendo durar até 30 minutos. Mais comum entre o final da infância e na adolescência. Normalmente ocorre no terço inicial da noite, durante o sono profundo (sono de ondas lentas ou N3) e pode estar associado a uma má higiene do sono.

 

– Transtorno Comportamental do sono REM (TCSREM) – é o distúrbio no qual a atonia esperada na fase do sono REM está ausente, resultando em um comportamento muitas vezes agressivo (chutes e socos), ocasionalmente levando à machucados. O TCSREM é mais comum em idosos e pode estar associado a uma variedade de distúrbios neurológicos como doenças degenerativas do SNC (sistema nervoso central). O tratamento é feito após investigação neurológica e com medicações de ação no sistema nervoso.

 

O médico especialista do sono é o profissional capacitado para diagnosticar o tipo de parassonia apresentado, bem como tratá-la de forma específica. A maioria dos casos de parassonia podem desaparecer com uma higiene do sono adequada e medidas de segurança, evitando que o indivíduo se machuque, entretanto, medicamentos podem ser associados ao tratamento em alguns casos mais severos.

Independente de qual seja o distúrbio do sono existente, ele deve receber o diagnóstico e tratamento adequado, uma vez que sua persistência pode afetar gravemente a saúde e a qualidade de vida.

O profissional mais indicado para diagnosticar e tratar distúrbios do sono é o médico especialista do sono, no entanto, outros profissionais como clínico geral, médico de família, geriatra, psiquiatra ou neurologista podem avaliar as causas e indicar o tratamento correto na maioria dos casos.

O diagnóstico pode incluir a realização da Polissonografia. Este exame é considerado o padrão ouro no diagnóstico de distúrbios do sono. Através de sensores e eletrodos, o sono do paciente é avaliado de maneira detalhada.
O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental, o uso de dispositivos médicos e/ou odontológicos ou até com o uso de medicamentos dependendo do distúrbio e da gravidade diagnosticada.

Nós realizamos a Polissonografia tanto em nossa clínica, como também temos o exame de forma domiciliar (realizamos o exame em sua casa).

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